Antecedentes da Virgem Peregrina da Família:
Nunca antes, em toda a sua longa história, a
instituição familiar sofreu um ataque tão violento como o que vem enfrentando
hoje em dia. O elevado número de divórcios, o aborto, a
esterilização, as relações extraconjugais e pré-matrimoniais, são o resultado
desta nova concepção de liberdade dos cônjuges, do equivocado significado da
família. Hoje, mais do que nunca a Igreja precisa de modelos de famílias
cristãs, de verdadeiras “igrejas domésticas”, de matrimônios santos.
“Outro âmbito crucial de nosso tempo que requer uma
atenção urgente e muita oração é o da família, célula da sociedade, ameaçada
cada vez mais por forças desagregadoras, tanto de ordem ideológica como
prática, que nos faz recear pelo futuro desta fundamental e irrenunciável
instituição e, com ela, pelo destino de toda a sociedade. No marco de uma
pastoral familiar mais ampla, promover
o Terço nas famílias cristãs é uma ajuda eficaz para contrabalançar os efeitos
devastadores desta crise atual.”
(João Paulo II,
Rosarium Virginis Mariae, p.p. 9)
Trechos da Carta de João Paulo II às Famílias
É importante redescobrir os
testemunhos do amor e da solicitude da Igreja pela família: amor e solicitude
expressos desde os primórdios do cristianismo, quando a família era
significativamente considerada como "igreja doméstica".
Nos nossos tempos, voltamos freqüentemente a esta
expressão “igreja doméstica”, que o Concílio assumiu e cujo conteúdo desejamos
permaneça sempre vivo e atual. Este desejo não esmorece com a consciência das
novas condições das famílias no mundo de hoje. Por isso mesmo, é mais
significativo que nunca o título escolhido pelo Concílio, na Constituição
pastoral Gaudium
et spes, para indicar as
tarefas da Igreja na situação atual: “A promoção da dignidade do matrimônio
e da família”.
Depois do Concílio, um outro ponto importante de
referência é a Exortação apostólica Familiaris
consortio do ano 1981. Neste
texto, encara-se uma vasta e complexa experiência relativa à família, que, no
meio de povos e países diversos, permanece sempre e em todo o lado «a via da
Igreja». De certo modo, torna-se ainda mais precisamente lá onde a família
sofre crises internas, ou está sujeita a influências culturais, sociais e econômicas
nocivas, que lhe minam a estabilidade interna, quando não obstaculizam mesmo a
sua própria formação.
Com
a presente Carta, quereria dirigir-me não à família “em abstrato”, mas a
cada família concreta de cada região da terra, qualquer que seja a longitude e
latitude geográfica, onde se encontre, ou a diversidade e complexidade da sua
cultura e da sua história.
O amor com que Deus “amou o mundo” (Jo 3,
16), o amor com que Cristo “amou até ao fim” a todos e cada um (Jo 13,
1), torna possível dirigir esta mensagem a toda a família, “célula” vital da
grande e universal “família” humana. O Pai, Criador do universo, e o Verbo
encarnado, Redentor da humanidade, constituem a fonte desta abertura universal
aos homens como a irmãos e irmãs, e impele a abraçá-los todos com a oração que
começa pelas ternas palavras: “Pai
nosso”.
A
oração faz com que o Filho de Deus habite no meio de nós: “Onde estiverem
reunidos, em meu Nome, dois ou três, Eu estou no meio deles” (Mt 18,
20).
Esta Carta
às Famílias quer
ser sobretudo uma súplica dirigida a Cristo, para que permaneça em cada família
humana; uma súplica feita a Ele, através da família restrita dos pais e filhos,
para que habite na grande família das nações, a fim de que todos, juntos com
Ele, possamos dizer com verdade: “Pai nosso!” É preciso que a oração se torne o
elemento predominante da Família na Igreja: oração da família, oração pela
família, oração com a família”.
Veja na íntegra a Carta de João Paulo II às famílias no site do Vaticano
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